No Calor dos Seus Braços

No Calor dos Seus Braços

No deserto escaldante do Qatar, eles aprenderam a se amar...

Rosário Guerra acreditava na premissa de que almas gêmeas eram espelhos uma da outra. Aos vinte e nove anos, virgem, completamente invisível aos olhos de todos, ela mantinha uma fagulha acesa de esperança de um dia conhecer alguém, apaixonar-se, constituir uma família e ser feliz.

Não sabia, claro, que a felicidade era um árduo caminho pelo deserto do coração de um homem que, primeiramente, em nada se assemelhava a ela.

Porém, Darius Hayek escondia mais do que seus olhos verdes pudessem expressar. O passado de rejeição, a autodestruição e o fogo de uma alma indomável, enfim, pareceu completar a de Rosário.

Ambos, figuras tristes, cada um ao seu modo, num mundo que os arrasou em dor.

O amor poderia curar suas feridas, mas para isso eles precisavam aceitar que haviam, enfim, se encontrado. Almas gêmeas que haviam passado toda a eternidade a se buscar.